sexta-feira, 15 de julho de 2011

O entusiasmo do futebol


O artigo a seguir é de autoria de Sócrates, jogador que integrou a fantástica seleção brasileira de 1982, um grande jogador que sem dúvida sempre será lembrado pelo talento que exibiu nos gramados.
Gostei muito deste artigo e confesso que me surpreendi. Nele, Sócrates aborda o futebol de uma maneira diferente da forma como estamos acostumados a ver, analisando não só  as emoções envolvidas nele, mas como ele é e foi usado ao longo dos tempos por políticos e grupos, que na defesa de seus interesses, o usam como uma ferramenta de alienação e manipulação.

Eu não sou contra o futebol ou qualquer outro esporte, pelo contrário, gosto de assistir uma boa partida de futebol,  torço pelo meu Tricolor, aprecio a Fórmula 1, acho saudável as brincadeiras entre torcedores. O futebol é um esporte grandioso, democrático, ele reflete a nossa sociedade, tão explorada, dilacerada, fadada a todos os percalços , porém somos uma gente que se faz feliz, que batalha,, que briga, que luta e corre atrás dos resultados. Isso é futebol !  A beleza do drible, o lançamento maestral, a expectativa do último passe, pela armação, dos pés, pelo golaço,  seja do craque ou do perna de pau,  isso nos contagia !
O que me revolta é a forma UFANISTA e Exacerbada como a Rede Globo e seu Narrador Galvão Bueno usam o futebol para esconder os problemas existentes em nosso país, encobrir seus erros, seus métodos, a sujeira instalada ; como se o fato de o Brasil ganhar uma copa resolvesse e justificasse a corrupção desenfreada praticada pelos governantes e a maneira como essa rede de televisão usa um esporte tão apaixonante como forma de manipulação.
Talvez a mídia consiga minar a paixão e o gosto pelo futebol, transformar o espetáculo em especulações, em algo alienador, mas o negócio é renegar ou ignorar a existência de uma imprensa podre e corrupta e torcer de forma alegre e saudável pelo time de coração.

Quem dera houvesse no Brasil o mesmo entusiasmo para resolver injustiças como o salário mínimo, as desigualdades sociais, a corrupção escancarada de nossos governantes, as injustiças com os aposentados, a forma como está nossa saúde e a roubalheira sem limites que se alastra e é indiscriminadamente praticada pelos políticos desse país! E depois vem o ufanista  do Galvão Bueno com aquele falso patriotismo, com aquela história pra boi dormir de coração na ponta das chuteiras, como se ser brasileiro é torcer por um time repleto de jogadores que na sua maioria  só querem aparecer... o vídeo a seguir do humorita Marcelo Adnet  ilustra bem isso, embora ele use uma linguagem as vezes torpe, mas bem peculiar dos "heróis da amarelinha" :



Para os "patriotas de chuteiras", que choram pela seleção...esse vídeo é bem a realidade do que a maioria, não todos, mas a maioria dos jogadores da seleção pensam. Aliás pensar não é propriamente a especialidade deles, pois nossos jogadores são craques dentro de campo mas nulidades fora deles quando o assunto é conhecimento e cultura geral. A maioria deles está completamente desinformada sobre a dura realidade pela qual passa o brasileiro trabalhador e que necessita de transportes e serviços públicos como educação e saúde. Eles vivem outra realidade com seus carrões, festas, hotéis de luxo...
Nada mais são que  um instrumento de manipulação do povo seja para encobrir a corrupção, como já disse, como para gerar dividendos para a famigerada rede de televisão.

Assim Rede Globo, Galvão Bueno e sua trupe iludem  o brasileiro, deixando-o sem um mínimo de noção do que é realmente ser patriota,  a favor do bem e de melhoria das condições de vida do povo de nosso país !  

Como disse Sócrates no textoa seguir, quem dera um dia endereçar esse entusiasmo que gastamos no futebol em algo positivo para a humanidade, em causas  mais tocantes  que não comovem tanto quanto o futebol; como as crianças nas ruas, os terremotos, os tsunamis, a miséria extrema no coração da África e em alguns outros recantos, o genocídio, o combate e a mobilização contra  a extrema corrupção em nosso país  e muitas outras?
É algo para  se pensar .

O entusiasmo do futebol
Por Sócrates

Por que o futebol causa tanto fascínio nas multidões? Por que tanta paixão, alegria ou lágrimas desenfreadas? Pensando bem, não deveria ser assim, já que o mundo do futebol é como uma roda gigante eternamente girando em torno de seu eixo central. Equipes ganham torneios, outras perdem. No ano seguinte, tudo geralmente é diferente. As vitórias causam euforia, as derrotas depressão. Passados esses momentos de alteração emocional tudo volta a zero e recomeça como se nada tivesse acontecido. Que algo mágico há no futebol que faz com que uma nação inteira se una?

Algo raro em países como o Brasil, onde o espírito comunitário (somos muito mais solidários que comunitários e mais individualistas do que se possa imaginar) e a aproximação entre desconhecidos só se dá entorno do futebol. Se fosse só aqui poderíamos imaginar alguma idiossincrasia nossa - como é o carnaval. Porém, ele ultrapassa línguas, religiões, raças, culturas, ideologias, países - como os que logo se enfrentarão em busca do título da Copa América. Que esporte é esse que cria confrontos e os acomoda, que multiplica rivalidades históricas fruto de conflitos de terras entre países vizinhos e ao mesmo tempo os coloca lado a lado em um campo de jogo a se respeitar?

Os outros esportes não criam torcidas perenes e uníssonas; elas só aparecem temporariamente quando dos grandes eventos. Por que causas mais tocantes não comovem tanto quanto o futebol; como as crianças nas ruas, os terremotos, os tsunamis, a miséria extrema no coração da África e em alguns outros recantos, o genocídio e muitas outras?

Quando a equipe vence uma competição a cidade para, a gente sai às ruas, os fogos aparecem, os torcedores se embebedam em uma enorme festa que já no dia seguinte é velha o suficiente para gerar expectativas para o próximo torneio. É fugaz toda essa explosão de euforia. Uma droga talvez tivesse um efeito mais duradouro, mas nunca teria um número tão alto de usuários. E o futebol, quando não oferece a vitória, provoca reações incontroláveis das massas que saem destruindo tudo o que veem pela frente, colocam fogo no mesmo estandarte que minutos antes beijavam, enfrentam as forças de segurança de peito aberto e sem armas como se eventuais outras agressões fossem menores e menos doloridas. A insanidade se estabelece em toda a sua expressão humana. Como dizia Nietzsche: “a loucura entre indivíduos é rara, mas entre as multidões é regra”. Como - relembrando algo que gostaríamos de esquecer ou pelo menos apagar da nossa história - nasceram o nazismo e o fascismo: através do entusiasmo popular.

Uma nação entusiasmada pode ser maravilhosa ou, quem sabe, perigosa. As grandes emoções são poderes à mão de quem os veja, de quem os sinta; mesmo que seja prioritariamente para o mal. Na Copa realizada na Argentina em 1978, assim como na vitória brasileira em 1970 no México, a junta militar de tudo fez um pouco para encobrir seus erros, seus métodos; a sujeira instalada nesses regimes tendenciosamente fora jogada para debaixo do tapete vermelho de sangue da nossa população agredida, torturada, desaparecida. Por isso muitas vezes me levo a pensar se poderemos um dia endereçar esse entusiasmo que gastamos no futebol em algo positivo para a humanidade, pois afinal de contas o futebol e a Terra têm algo em comum: ambos são uma bola. E atrás de uma bola vemos crianças e adultos, brancos e negros, altos e baixos, magros ou gordos. Com a mesma filosofia, todos a fantasiar sobre a própria vida.

13/10/2003. Os ex-jogadores e irmãos Sócrates e Raí (d) durante jogo beneficente no estádio do Morumbi, na   capital paulista.

Sócrates e Raí  durante jogo beneficente no estádio do Morumbi, na capital paulista em 2003



Luiz Marins e a História de pescador - o Guru de Galvão Bueno

 

Marins é um palestrante bem conhecido no meio empresarial e universitário.   Com artigos que escreve em jornais, programas na Tv, é difícil alguém que não o conheça ou não tenha lido um artigo seu, principalmente aqui em Sorocaba, sua terra Natal. As pessoas assistem suas palestras e saem meio hipnotizadas e repetem seus jargões ou seguem suas abordagens como algo infalível, inquestionável ou isento de qualquer análise mais profunda ou apurada. Sempre que assistia seus vídeos ou lia seus artigos, achava que tinha algo que, bem digamos, não era tão verdadeiro ou isento de algum questionamento mais profundo. Bem, ao ler este artigo, vi que não era somente eu que tinha essa impressão. Basta ter um pouco de senso crítico para perceber que realmente tem hora que ele "viaja" em suas palestras e artigos. Não que o que ele escreve ou fala em suas palestras e vídeos seja necessariamente bobagens, não, tem até algumas coisas interessantes, embora na maioria das vezes sejam redundantes e óbvias; o que ocorre é que tem horas que parece que ele está em outro planeta, ou numa espécie de ilha da fantasia, ou quando não, cria fatos, números e situações que fazem dele uma espécie de Galvão Bueno do meio empresarial, tal seu ufanismo e "estórias" que estão presentes em suas apresentações e artigos. Eu as vezes ainda leio ou vejo seus artigos, mais com uma opção para descontrair do que para propriamente tirar algum aproveito intelectual. Me divirto com ele, diante de tudo isso Marins se tornou para mim um personagem cômico, embora tem horas que assim como faço quando Galvão Bueno está narrando um jogo, a melhor opção é trocar de canal e procurar por algo mais proveitoso. Ele me MOTIVA a fazer isso.

 

          


História de pescador

O caso de sucesso de um consultor que tem vários cursos universitários, doutorado na Austrália, pós-doutorado em Londres - ou apenas uma imaginação fértil


David Cohen, da EXAME
 
Luiz Almeida Marins Filho, 52 anos, é um dos profissionais de maior sucesso no concorrido mercado de palestras motivacionais no Brasil. Sua agenda está sempre lotada - ele diz receber uma média de três pedidos de palestra por dia -, e a Commit, empresa que vende seus livros, fitas de vídeo e brindes motivacionais, fatura entre 3 milhões e 4 milhões de reais por ano. A Anthropos Consulting, holding que inclui sua empresa de consultoria e alguns outros negócios, como a venda de viagens para executivos, movimenta o mesmo tanto. Em quase 20 anos de trabalho na área de motivação, Marins possui uma lista de clientes invejável, com serviços prestados a dezenas de grandes companhias, do grupo Gerdau à IBM, do BankBoston à Grendene, da Xerox à Editora Abril. Ele ostenta o título honorífico de reitor da Universidade AmBev, por ter ajudado a criar o programa de desenvolvimento profissional dos quadros da maior cervejaria brasileira. Recentemente, prestou o mesmo serviço à Telemar. Marins também já chegou à televisão: costumava aparecer na Globonews e hoje estrela o programa Motivação & Sucesso, que vai ao ar todos os domingos, na Rede Vida, e participa do Show Business, de João Dória Jr., também aos domingos, na Rede TV! Não é difícil entender seu sucesso. Marins é um personagem extremamente interessante. Baixo, rechonchudo, de fala rápida, com sotaque do interior de São Paulo (é natural de Sorocaba) e enorme poder de comunicação - capaz de prender a atenção de uma platéia durante duas, às vezes três horas, apenas no gogó -, ele aborda temas complexos de economia e administração com uma simplicidade que os torna acessíveis a todo tipo de espectador. Sempre atento aos casos de empresas estrangeiras e idéias de consultores e estudiosos do mundo corporativo, muitas vezes funciona como antena que capta as novidades para as empresas que o contratam. Só essas características já lhe garantiriam lugar de destaque entre os palestrantes brasileiros, mas Marins exibe, ainda, um currículo de fazer inveja. Eis algumas das credenciais que costuma apresentar: Ph.D. em antropologia na Austrália, com pós-doutorado em macroeconomia em Londres, pela prestigiadíssima London School of Economics (o berço da doutrina da Terceira Via entre capitalismo e socialismo). Formado em história e contabilidade, estudou direito e fez inúmeros cursos em universidades no Brasil e no exterior. Professor de MBA da Fundação Getúlio Vargas. Foi diretor de tecnologia da ONU. Presidente de duas empresas nos Estados Unidos, a Consortium System, em Nova York, e a Triangle Freightliner of Ralleigh, na Carolina do Norte. Criador do conceito de antropologia empresarial, que sua consultoria aplica em centenas de casos por intermédio de seus escritórios em Sorocaba, São Paulo, Rio de Janeiro, Buenos Aires, Nova York e Londres. Só há um pequeno problema com esse currículo extraordinário. É que ele é, digamos, um pouco fantasioso. O Ph.D. na Austrália, por exemplo. O título, que aparece aposto ao seu nome em todos os livros, material de propaganda e currículos, refere-se a um curso que Marins fez na Universidade MacQuarie, em Sydney, nos idos de 1972. Ele freqüentou as aulas de sete disciplinas. Passou com grau A em duas delas, teve grau B em outras duas, grau C em uma, e foi reprovado em duas. Mesmo assim - e embora o curso em que esteve matriculado especificasse com todas as letras que não outorgava título -, voltou convencido de que tinha feito um doutoramento. O que lhe sustenta essa impressão é uma carta do professor de antropologia Chandra Jayawardena, então chefe da Escola de Ciências do Comportamento. A carta diz que Marins cumpriu as exigências para um título de doutorado, que lhe foi outorgado em 1973 com base na tese A Influência do Islã na Política e na Sociedade da Indonésia e no trabalho Parentesco e Território como Princípio da Organização Local na Malásia. Jayawardena morreu em 1981, o que dificulta a tarefa de entender o significado dessa carta, datada de 1977, cinco anos depois do término do curso. (Segundo Marins, a carta não foi enviada antes porque o pessoal da universidade tinha medo que ela se extraviasse.) A secretaria da Universidade MacQuarie, no entanto, é enfática: "Em nenhum momento o senhor Luiz Almeida Marins recebeu um título de Ph.D. nem escreveu uma tese". "Isso para mim é uma surpresa muito grande", afirma Marins. "Eu nunca duvidei do Chandra. Sempre acreditei naquela carta. Se é oficial, se não é oficial, nunca me preocupei em verificar." Em resumo: Marins diz ter acreditado que obteve título de doutor após freqüentar um curso de apenas um ano, especificamente não válido para titulação, com duas reprovações e sem tese. Se não tem doutorado, é óbvio que Marins não poderia ter um pós-doutorado em Londres. De fato, embora essa informação esteja impressa em todos os seus nove livros, Marins admite que não fez um curso em Londres. O que ele fez foi assistir a um programa de introdução à macroeconomia, de 48 horas-aula, em Sydney, organizado pela Sociedade Antropológica de Nova Gales do Sul, em cooperação com a London School of Economics. As credenciais de Marins não são deslavadas mentiras. Assemelham-se mais a histórias de pescador, com alguma ligação com a realidade - ainda que às vezes tênue demais. É o caso dos escritórios da Anthropos no exterior, que são na verdade apenas representações, sem funcionários próprios. Assim é, também, que ele se considera professor da Fundação Getúlio Vargas, pelo fato de ser chamado para dar palestras de abertura de alguns cursos de MBA. Ou se intitula ex-diretor de tecnologia da ONU, por um raciocínio de reação em cadeia: ele foi coordenador das assessorias do Cenafor, um programa de formação profissional apoiado pela ONU, na década de 70. Pelo mesmo raciocínio, o fato de um assessor do governo ter pedido alguns dados sobre o Brasil que ele costuma apresentar em suas palestras o faz dizer que ajudou a preparar a viagem do presidente Fernando Henrique Cardoso à Alemanha, no ano passado. Às vezes, as fantasias de Marins podem correr soltas. Ele é capaz de dizer que dá cursos duas ou três vezes por ano no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e na London School of Economics, que Jack Welch, ex-presidente da GE, e Michael Eisner, da Disney, assistiram a suas palestras, que tem alunos de MBA em Harvard, que seus escritórios empregam 180 consultores fora do Brasil, que dona Ruth Cardoso foi sua professora de antropologia, que "as pesquisas que a gente cansou de fazer nas escolas de economia do mundo inteiro dizem que não haverá mais inflação no mundo nos próximos 50 a 80 anos", que o Prêmio Nobel de Economia do ano passado, James Heckman, perguntou a ele, como antropólogo, por que os brasileiros tinham tão baixa auto-estima... Ou, ainda, que a revista EXAME recebeu 5 mil e-mails comentando o artigo "A taça está cheia", que ele escreveu na edição 718, de 12 de julho de 2000 (segundo Marta Leone, a supervisora de atendimento ao leitor, cinco seria um número mais próximo da realidade). Todas essas frases foram proferidas numa palestra no final do ano passado, gravada em vídeo. Nas apresentações vistas por EXAME, ele foi bastante mais contido. É no mínimo curioso que Marins costume dizer, em suas palestras, que "nós, os brasileiros, a gente tem mania de chutar". Por isso, ele recomenda que não se aceite nenhuma informação sem fonte. "Acho que nós temos de passar de uma consciência ingênua para uma consciência crítica." É uma pena que uma das primeiras vítimas dessa consciência crítica seja o próprio Marins. Porque, descontando todos os arroubos de sua imaginação, ele tem um bom conteúdo. Contra todas as vozes derrotistas, Marins se exalta em defender a vocação de grandeza do Brasil, e instiga as pessoas a fazer mais e reclamar menos. É claro que há exageros e incorreções. Ele se recusa, por exemplo, a aceitar que uma queda do índice de desemprego não implique necessariamente numa melhora da situação econômica. É uma sutil diferença entre desocupação (não ter trabalho) e desemprego (não estar procurando trabalho), que não deveria ser problemática para alguém que se diz pós-doutorado em macroeconomia. De qualquer forma, é uma pena que, pondo sua credibilidade em jogo, ele lance dúvidas sobre seu discurso, que, em linhas gerais, está na direção certa. Nem tudo no currículo de Marins são devaneios. Ele é, sim, formado em História pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Sorocaba. Também cursou quatro anos da Faculdade de Direito de Sorocaba, com boas notas, mas desistiu do curso. Ele tem diploma de contabilidade, não de faculdade, mas de um curso técnico. E foi, sim, presidente de duas empresas nos Estados Unidos. Não é mais porque elas faliram. (Não há aí nenhum demérito. As empresas eram uma incursão no mercado americano feita pelo Grupo Verdi, de São José do Rio Preto, em São Paulo. O grupo, que fatura 1,5 bilhão de reais por ano, tentou vender consórcios nos Estados Unidos no começo da década de 90, e comprou uma revendedora de caminhões. Waldemar Verdi Júnior, presidente do grupo, não se arrepende da empreitada: "As empresas não geraram lucro, mas nos deram experiência. Vimos como funcionava um mercado mais competitivo, e isso nos preparou para a realidade brasileira de hoje".) Marins também não é um leigo em antropologia. Além do curso na Austrália, ele fez créditos suficientes para concluir um mestrado da Universidade de São Paulo. Só que não escreveu a dissertação. "Era um aluno inteligente, disso eu me lembro", diz a professora aposentada Thekla Hartmann, que foi sua orientadora na época. Thekla não estranha que Marins não tenha concluído o mestrado. A cada ano, oito ou nove alunos se inscrevem no curso, mas apenas dois ou três escrevem a dissertação, que é o que dá o título de mestre. "A tese exige muito tempo de trabalho, é difícil para quem não tem bolsa", afirma Thekla. "Às vezes surgem outras oportunidades profissionais." Foi precisamente esse o caso de Marins. Surgiram outras oportunidades. Não há nenhum problema com isso. Não custa nada repetir: a carreira de consultor e palestrante não exige mestrado, muito menos doutorado. Para fazer o trabalho que faz, Marins está devidamente capacitado - pelo seu talento de comunicação, por seu esforço em atualizar-se, pela rede de contatos e pela organização que soube montar. Ao contrário, se Marins fosse e realmente se comportasse como doutor em antropologia, muito provavelmente isso atrapalharia, em vez de ajudar seu trabalho. Um consultor motivacional tem a característica básica de navegar por generalidades, bradar certezas absolutas, traçar panoramas apoiado em impressões, enfim, advertir que ouviu o galo cantar, ainda que não saiba onde. O saber acadêmico é praticamente o oposto disso. Só se pode dizer algo muito bem amparado em evidências, atendo-se a um campo propositadamente restrito, geralmente apontando novas dúvidas, mais do que certezas. Enfim, dizendo qual o tipo de galo que cantou, a que horas, minutos e segundos, em que posição geográfica estava, quantos decibéis seu cacarejo atingiu... Por que, então, Marins se orgulha tanto de seus pseudotítulos? É, talvez, vontade de exibir um sinal de vitória "deste caipira de Sorocaba", como ele se define. Ou talvez seja apenas uma fixação com a carreira acadêmica, que abandonou. É sintomático que, além de assinar-se Ph.D. e ser reitor de uma "universidade" corporativa, Marins tenha dado o nome de Universidade do Cavalo para a empresa que criou em 1997, um haras com pistas de treinamento e aulas para profissionais da equitação. (A empresa é dirigida por um dos filhos de Marins, veterinário. Um segundo filho, também veterinário, lida com gado, e um terceiro estuda administração nos Estados Unidos.) O problema não é que Marins não seja Ph.D. O problema é ele dizer que é. "Quando você chama alguém para fazer uma palestra para 200 pessoas, ele precisa ter algum tipo de reconhecimento", diz Marcos Aurélio Reitano, diretor de RH do BankBoston. "Se não for um título, tem de ser um reconhecimento de outro tipo, mas tem de ter." Reitano diz que o currículo de Marins não foi o fator preponderante quando o banco decidiu contratá-lo para uma palestra. Mas, se soubesse que seu currículo tinha sido enfeitado, provavelmente não o teria chamado. "Queremos uma relação de veracidade." Essa não é uma opinião generalizada. Vinicius Coube, vice-presidente da Tilibra, diz que os exageros no currículo de Marins não fazem diferença: "O que interessa é o talento que ele tem para conscientizar o empresário, a sua capacidade de produção. Em 1993, ele implantou em nossa empresa um dos nossos mantras, não se economize , no sentido de dar tudo de si. Desde então, nós o mantemos como um dos nossos gurus". Opinião semelhante tem Mauricio Luchetti, diretor de gente e qualidade da AmBev: "Marins trabalha com a companhia há anos. Nunca fomos checar seu currículo. O que nós sabíamos é que ele tem muitos contatos. E avaliamos o que ele entrega. Se o consultor não tem algo a dizer, dança. Se perdura, é porque algo de bom tem". O sucesso de Marins diz muito sobre o próprio mercado de palestras. Esse mercado se funda num paradoxo: buscam-se pessoas do mais alto gabarito possível, mas o que se exige delas é que falem platitudes. Esse papel, Marins também sabe exercer. Um exemplo: "O que é viver, antropologicamente falando? É voltar a minha vontade para o que eu estou fazendo agora", afirmou em palestra no quartel do Segundo Exército, no Ibirapuera, em São Paulo, há algumas semanas. Nenhum dos antropólogos que consultamos viu sentido na frase. Ou: "Vou contar uma curiosidade da antropologia para vocês: sabem por que nós entendemos o espanhol e os argentinos não entendem o português? É porque o português é a última flor do Lácio. Nossa língua se desenvolveu depois do espanhol". Ou, comentando os atos terroristas de 11 de setembro nos Estados Unidos: "O islamismo não tem vida após a morte. Eu sei porque estudei isso, foi minha tese na Austrália". À parte o fato de que Marins não tem tese na Austrália, o islamismo prega, sim, a existência de um paraíso e a imortalidade da alma. Ou, como ele escreveu no livro Socorro! Preciso de Motivação: "Durante o relaxamento, crie imagens mentais de sucesso. Faça isso antes de deitar-se e ao amanhecer, como ensinam as pessoas que sempre venceram na vida". Que fique bem claro: não há nada de errado com o mercado de palestras motivacionais. Se os efeitos dos gurus são extremamente difíceis de medir, se a maior parte do que falam não faz sentido, se eles ganham muito, muito dinheiro por isso, pouco importa. É um mercado livre. Do ponto de vista da empresa, eles custam pouco dinheiro. Ninguém é obrigado a contratar nenhum consultor, e, se contrata e volta a contratar, é porque está convencido de que ele ajuda. Como diz Luchetti, da AmBev: "A gente não gosta de jogar dinheiro no ralo. Enquanto acharmos que as idéias são boas, mantemos o negócio. Pelo preço que a gente paga, vale a pena". O próprio Marins tem consciência desse jogo. "O perigo é a gente se encantar pelo lado de palestrante, que dá um dinheiro fácil e a responsabilidade é quase nula." Ele diz preferir seu papel de consultor, no qual, aliás, tem reconhecimento. A AmBev o contrata para arejar a companhia com idéias de fora. O Grupo Verdi afirma que ele desenvolveu um amplo trabalho de treinamento a distância para funcionários de revendedoras, há 12 anos, o que ajudou a tornar uma de suas empresas, a Rodobens, líder no mercado de caminhões. Ótimo. É muito saudável para a economia que profissionais dispostos a vender um serviço encontrem clientes que queiram comprar. O que está errado é falsear as qualificações do produto. Não é preciso ser Ph.D. para saber disso.

A Era do Administrador


Neste artigo,  Kanitz nos dá uma aula da importância da Administração em todas as esferas da sociedade, chegando assim a determinar o futuro e o êxito na condução de uma empresa, uma organização, um estado, um país.
Gosto da maneira como ela aborda o tema, analisando os motivos que fazem a diferença entre os EUA serem uma Hiperpotência e o Brasil apenas um aspirante.
Assim como ele, vejo que a Administração é necessária para se alcançar as metas programadas em um empreendimento seja ele qual for.

A palavra Administração vem do latim, ad (junto de) e ministratio (prestação de serviço) e significa a ação de prestar serviço ou ajuda. Modernamente, administração representa todas as atividades relacionadas com o planejamento, organização, direção e controle. Sejam elas empresariais, governamentais, institucionais, domésticas, etc
Podemos assim dizer que a  Administração é o conjunto de atividades voltadas a direção de uma organização utilizando-se de técnicas de gestão para que alcance seus objetivos de forma eficiente, eficaz e com responsabilidade.
Uma outra definição é que Administração pode ser definida como a tarefa que possibilita alcançar os objetivos previamente definidos, com menor dificuldade e maior rapidez, isto é, com maior eficiência. Traduzindo fazer mais com menos, maximização de resultados.

Os dois objetivos principais da administração são proporcionar eficiência e eficácia às empresas.
EFICIÊNCIA = Fazer as coisas corretamente. Preocupação com os meios.
EFICÁCIA = Alcançar resultados. Preocupação com os fins ou objetivos.

Planejamento, Organização, Direção e Controle, sem estas ferramentas disponiblizadas pela Administração não se chega a lugar algum num empreendimento.

Muitas pessoas confundem empreendedor com administrador.
O empreendor inicia um projeto, empreendimento, o administrador dá seguimento com reponsabilidade nele.
A diferença esta no fazer acontecer de cada um, o administrador faz acontecer e tem noção do risco que pode ocorrer com sua atitude, já o empreendedor faz acontecer  tudo mais rápido sem  jeito de calcular o risco possível com sua atitude...
Um detalhe que diferencia também pode ser na maneiras que trabalham. O administrador trabalha em base de diretrizes, cultura, paradigmas e outros fatores na empresa que trabalha ou é chefe e o empreendedor trabalha mais com criatividade, aprendizado e outros fatores no ambiente de mercado
O administrador se enquadra no mundo corporativo. Ele está mais relacionado aos processos gerenciais, à solução de conflitos e de circunstâncias desfavoráveis para a empresa. Enquanto que, o empreendedor nem sempre se faz presente nas corporações. Ele é uma pessoa que tem coragem para ousar. Talvez abrir um novo empreendimento, fazer algo ou criar uma ideia nunca vistos antes. Nem todo empreendedor é um  administrador.
Mesmo sendo profissionais diferentes, o administrador é constantemente confundido com o empreendedor e vice-versa.
Segundo Stewart (apud DORNELAS, 2001), o administrador é semelhante ao empreendedor, pois ambos compartilham de três características principais: demandas, restrições e alternativas. Mas Dornelas (2001) tem uma visão diferente, ao afirmar que "todo empreendedor necessariamente deve ser um bom administrador para obter sucesso, no entanto, nem todo bom administrador é um empreendedor."

Henry Fayol (1841-1925) foi o criador/divulgador dos quatros princípios da arte de administrar, sendo eles conforme já esplainado : planejar, organizar, comandar e controlar.

Sendo assim, podemos dizer que o administrador é orientado para o planejamento e controle, é mais centrado em como melhorar os processos, as análises e a qualidade da empresa. Já o empreendedor é visionário, possuindo uma motivação singular. É por meio de uma idéia que o empreendedor inova.

Habilidades do administrador

• Habilidades técnicas: Saber utilizar princípios, técnicas e ferramentas administrativas. Saber decidir e solucionar problemas.
• Habilidades humanas: Saber lidar com pessoas, comunicando-se eficientemente, negociando, conduzindo mudanças, obtendo cooperação e solucionando conflitos.
• Habilidades conceituais: Ter Visão sistêmica. Qualquer organização, é algo complexo, pois envolve pessoas, equipamentos, construções, tecnologia, produção e outras coisas. Esta capacidade de compreender toda a empresa, de ter uma visão geral sobre ela, é que se caracteriza como habilidade conceitual.


Um bom administrador sabe utilizar seus princípios,  sabe ser cooperativo e um bom líder, ajudando os funcionários para que eles possam crescer junto com a empresa, agindo sempre com ética, acumulando conhecimento científico suficiente para gerir com responsabilidade e profissionalismo.
Um bom administrador sabe trabalhar em equipe, ou seja, unir esforços para alcançar um objetivo comum.

Quando escolhi qual seria minha formação Universitária me identifiquei com a Administração, por ser ela uma ciência inovadora, versátil, ativa, ágil e em constante inovação. E Graças a Deus escolhi uma área do conhecimento humano que recomendo a todos! Amo Administração e tudo aquilo a que ela se refere ou está relacionado.
A Administração é dinânica, está presente em todas as áreas, em todos lugares, em todas as empresas, em todas as organizações.
A Administração está em constante evolução, se inova a cada dia com novas técnicas, novos conceitos, novos sistemas, novas ferramentas.
A Administração nos dá uma visão correta de como funcionam as organizações,  as empresas, como elas se desenvolvem, se interagem,  como são suas estruturas , como é desenvolvido um produto, uma marca, um conceito, uma ideia.
A Administração é comunicativa, interativa, está sempre em contato com o mundo, suas mudanças, suas inovações.
A Administração amplia nossa visão de mundo, nosso senso crítico, a forma como vemos as pessoas e os fatos que acontecem no dia-a-dia.
A Administração nos dá uma visão abrangente das organizações  e suas áreas como finanças, marketing, vendas, recursos humanos, treinamento, planejamento,  e outras áreas do conhecimento humano como psicologia, estatística, matemática.

Bem, o ato de administrar é muito antigo, a profissão já era exercida e praticada desde a criação do mundo. Mas a profissão foi regulamentada e reconhecida há pouco tempo em: 09 de Setembro de 1965. O maior administrador é JESUS, Ele é  o administrador dos administradores, tudo Ele tudo criou e muito bem, conforme está escrito no primeiro capítulo de Evangelho de João :

NO princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu.

JESUS criou , ordenou, coordenou e administra com maestria todo o Universo, conforme está escrito em Hebreus  :

O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder .
Ele é o Administrador por Execelência !

Para finalizar digo que para  ser um bom administrador  é necessário ter o dom de DEUS, ter visão de águia, ser humilde, mas prudente, ter o perfil de inovação,  e ajudar orientar, coordenar os projetos, as pessoas para o bom andamento com sucesso. Temos vários tipos de administradores como qualquer outra profissão, bons e maus. Podemos observar no cenário político de nossa nação, com vários administradores públicos que envergonham a nação brasileira, algo bem explicado neste artigo de Kanitz. Aqui entra a responsabilidade, a honestidade e a capacidade do profissional. Seja um bom administrador, para  agir  e fazer a diferença em nosso país, tão carente de bons valores, seja fiel, porque DEUS é Fiel. Um bom administrador coloca JESUS na frente de seu caminho, ELE é o maior Administrador, o Administrador por Excelência.


A Era do Administrador

 

Por que os Estados Unidos são o país mais bem-sucedido do mundo?
Porque são um país que resolveu o problema da miséria e da estagnação econômica, ao contrário do Brasil?
O segredo americano, e que você jamais encontrará
em nenhum livro de economia, é que os Estados Unidos
são um país bem administrado, um país administrado por profissionais.
Dezenove por cento dos graduados de universidades americanas são formados em administração.
Administração é a profissão mais frequente, e portanto a que dá o tom ao resto da nação.


Engenheiros fazem MBA, advogados fazem MBA, economistas como Michael Porter fazem MBA, o que os tornam pessoas que conseguem tirar projetos do papel.  Como eles se encontram finalmente juntos numa sala da aula, criam empresas das mais variadas, do que escritorios de advocacia, consultorias de economia, e escritórios de engenharia.
Infelizmente, o Brasil nunca foi bem administrado.
Sempre fomos "administrados" por profissionais de outras áreas, desde nossas empresas até o governo.
Até recentemente, tínhamos somente quatro cursos de pós-graduação em administração, um absurdo!
De 1832 a 1964 a profissão mais frequente no Brasil era a de advogado, e foi essa a profissão que exerceu a maior influência no país.
Tanto que nos deu a maioria de nossos presidentes até 1964.
A revolução de 1964 acabou com a era do advogado e a legalidade.
A maioria dos advogados, engenheiros, sociológos e administradores se recusaram a colaborar com a Ditadura Militar e infelizmente fomos traídos pelos economistas, que assumiram a maioria dos postos da ditadura. Fazenda, Planejamento, Banco Central, BNDES, e conseguiram quase monopólio que dura até hoje.
Nos próximos dez anos achei que tudo isto lentamente mudaria. O Brasil já tem 2.300 cursos de administração, contra 350 em 1994.
Estamos logo depois dos Estados Unidos e da Índia.
Administração já é hoje a profissão mais frequente deste país, com 18% dos formandos.
Antes, nossos gênios escolhiam medicina, direito e engenharia. Agora escolhem medicina, administração e direito, nessa ordem.
Há dez anos tínhamos apenas 200.000 administradores, e só 5% das empresas contavam com um profissional para tocá-las.
O resto era dirigido por "empresários" que aprendiam administração no tapa. Como o Sandoval do Panamericano e seu livro "Aprendendo Fazendo". O custo de aprendizado quebrou o banco.
Por isso, até hoje 50% das empresas brasileiras quebram nos dois primeiros anos e metade de nosso capital inicial vira pó. E por isto os juros são caros, a inadimplência é elevada.
O que o aumento da participação dos administradores na gestão das empresas significará para o Brasil?
Uma nova era que poderia ser muito promissora.
Finalmente poderíamos ser administrados por profissionais, e não por amadores.
Daqui para a frente, 75% das empresas poderiam não quebrar nos primeiros quatro anos de vida, e nossos investimentos poderiam gerar empregos, e não falências.
Em 2011, teremos 2 milhões de administradores formados, e se cada um empregar vinte pessoas haverá 40 milhões de empregos novos. Será o fim da exclusão social.
Administradores nunca foram ouvidos por políticos e deputados nem concorriam a cargos públicos.
A maioria dos nossos ministros e governantes aprendiam administração no próprio cargo, errando a um custo social imenso para a nação.
Foi-se o tempo em que o mundo era simples e não havia necessidade de ter um curso de administração para ser um bom administrador.
Não quero exagerar a importância dos administradores, mas somente lembrar que eles são o elo que faltava.
Ordem não gera progresso, estabilidade econômica não gera crescimento de forma espontânea, sempre há a necessidade de um catalisador.
Não será uma transição fácil, pois as classes dominantes não aceitam dividir o poder que têm. Os economistas não vão largar o poder de 50 anos to fácil. Tivemos dois economistas como candidatos em 2010, teremos mais dois economistas candidatos em 2014, Aécio e Dilma.
Administradores têm pouco espaço na imprensa para defender suas ideias e soluções.
Em pleno século XXI, eu era um dos raros administradores com uma coluna na grande imprensa brasileira a Veja, e mesmo assim mensal, e foi por pouco tempo. Fui substituido por um economista que deixou o governo com 10.000% de inflação anual.
Peter Drucker desde 1950 tinha uma coluna semanal em dezenas de jornais americanos, ele e mais trinta gurus da administração.
Administradores têm outra forma de encarar o mundo.
Eles lutam para criar a riqueza que ainda não temos.
Economistas e intelectuais lutam para distribuir a pouca riqueza que conseguimos criar, o que só tem gerado mais impostos e mais pobreza.
Se esses 2 milhões de jovens administradores que vêm por aí ocuparem o espaço político que merecem, seremos finalmente um país bem administrado, com 500 anos de atraso.
Desejo a todos coragem e boa sorte. A oposição será enorme, e não somente dos economistas.
Tem muita gente interessada num país mal administrado, onde é mais facil corromper e ser corrompido.

Stephen Kanitz

terça-feira, 12 de julho de 2011

Os sofrimentos de Paulo por amor do Evangelho

Um resumo da vida deste grande apóstolo de Cristo

O apóstolo Paulo é para mim um exemplo de cristão, lendo suas cartas, ou lendo o livro de Atos dos apóstolos, vejo o quanto ele amava a Deus,  sua obra,  a Palavra, ao próximo, como ele se dedicava ao evangelho, e como ele tinha  amor e comunhão profunda com o Senhor !
Inspirado pelo Espírito Santo, escreveu um dos textos Bíblicos mais conhecidos, o de I Corinthios 13, no qual ele aborda o que é o Amor.
Paulo é, sem dúvida, um dos maiores nomes da história da Igreja. Foi ele um dos grandes instrumentos usados por Deus, tanto na expansão da mensagem do Evangelho como pra escrever as doutrinas Cristãs sob inspiração divina. 
Paulo recebera um chamado de Deus, foi um vaso escolhido,  e foi fiel a esse chamado . Aliás, é notável o cuidado que o apóstolo tinha em relação às igrejas sob sua responsabilidade e à Igreja em especial. Esse cuidado era manifesto por meio de suas admoestações (At 20.31); sua emocionada preocupação (2Co 11.28); seu incansável trabalho realizado sob a luz de um inamovível propósito (Gl 4.11); e sua intercessão constante em favor das igrejas (1Ts 3.10).
Seus ensinos em todas as suas cartas nos  deixam assim um exemplo de como deve ser um verdadeiro Cristão.
Ele mesmo destacou a importãncia do exemplo , conforme podemos ver em I Timóteo cap 4.
Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza. 
Esta mensagem fala claramente como deve ser a maneira de andar de um cristão que tem compromisso  em agradar a Deus, que anda em conformidade com sua Palavra e que não vive de acordo com o que pensam os outros ou sob influência de uma mídia que prioriza o que é vulgar e o imoral.
Mas voltando ao assunto, Paulo não poucas vezes,  em suas epístolas, evoca o seu exemplo para corroborar algum ensino que ministrava, conforme podemos ver (At 20.35; 1Co 4.16; 11.1; Fp 3.17; 4.9; 2Tm 1.13)
"Sede meus imitadores, como também eu de Cristo ", ele assim seguia as pisadas do Mestre, como o Próprio Senhor disse:

Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. 
João cap. 13 vers. 15

 

Paulo sofreu muito por amor ao evangelho e por amor a Jesus; foi açoitado, preso, apedrejado, injuriado, contudo, continuou fiel ao Senhor, sempre fazendo a obra que o Senhor lhe tinha confiado, admoestando com lágrimas muitas vezes, sempre com amor, dedicação e fidelidade ao Senhor, O qual ele tanto amava.
Ele estudava constantemente a Palavra e era guiado pelo Espírito, e assim todos aqueles que querem, como ele, completar a carreira, combater o bom combate e guardar a fé, devem amar a palavra e andar em Espírito, seguindo  o exemplo de nono Senhor e Salvador, Jesus Cristo.
Bem,  deixo a seguir um breve resumo deste grande servo de Senhor,  que é um grande exemplo pra mim !


1.    Nascido em Tarso, grande metrópole da Sicília, no início da era cristã.Da tribo de Benjamin, era fariseu, discípulo de Gamaliel. Zeloso nos costumes judaicos, o que o induziu a perseguir os cristãos.
2.    Jovem ainda e de grande reputação, consente na morte de Estevão e passa a perseguir veementemente os cristãos. O que fazia ao ir para Damasco?
3.    No caminho, ele se encontra com Cristo, e em seguida a mensagem : “Eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo Meu nome”.
4.    Constituído APÓSTOLO DOS GENTIOS, vai para a Arábia. Volta para Damasco, onde testemunhou e teve que descer por um cesto, pela janela de uma muralha, At Gl 1:17 e 2 Co 11:32.
5.    Trabalhando no poder do Espírito Santo, instigado por mulheres ditas “piedosas”, de muita influência na cidade, é expulso de Antioquia, At 13:50 e segue  para Icônio, onde os judeus, projetando apedrejá-lo, At 14:5,6, os obrigaram a encetar fuga  para Listra, onde foi muito perseguido e apedrejado, At 14:18,19. Nessa ocasião, juntaram-se os judeus invejosos de Antioquia, Icônio e Listra, quando ele foi jogado para fora da cidade como morto.
6.    Levantando-se do apedrejamento, partiu para Derbe e outras cidades circunvizinhas.Participou da Assembléia em Jerusalém e, decidindo re-visitar as cidades que houveram evangelizado, contende com Barnabé, por causa de João Marcos. É separado do amigo querido, que não tinha a mesma visão, mas nem por isso a amizade acabou, Gl 2:1,9, embora Paulo o censurasse, Gl 2:13.
7.    Junta-se a Timóteo e Silas e segue para Filipos, por ordem de uma visão com varões macedônios, 16:9,10. Ali, é açoitado e preso. Liberto, segue para Tessalônica, onde Jasom, que os hospeda, é arrastado, preso e tendo que pagar fiança. Teve que fugir à noite, indo para Beréia, foi perseguido e o povo excitado contra ele. Foge para Atenas e vai a Corinto, onde é preso, julgado e expulso. Quem estava com ele (Sóstenes) foi espancado perante o tribunal, por apóia-lo.
8.    Em Éfeso, excitaram grandes tumultos contra ele, At 19:23 e lutou com feras, 1 Co 15:32. Dali segue para Tiro e Cesaréia, voltando a Jerusalém, onde é preso e julgado por INTRODUZIR NO TEMPO a Trófimo, um efésio. Paulo é arrastado para fora do templo e suas portas foram fechadas.
9.    Preso pelos romanos, Jesus lhe aparece: “CORAGEM! POIS DO MODO POR QUE DESTE TESTEMUNHO A MEU RESPEITO EM JERUSALÉM, ASSIM IMPORTA QUE TAMBÉM O FAÇAS EM ROMA”.
10.    Foi julgado por Félix, por Festo, por Agripa e por César.
11.    Enviado a Roma, sofreu naufrágio em Mileto, At 28:1. Na ilha de Malta, é provado por uma cobra e dado por marginal. Em Roma, foi preso. Sofreu frio na prisão, 2 Tm 4:13,21. Os amigos o abandonaram, por temerem a represália romana, 2 Tm 1:15-18. Escapara à boca do leão, 2 Tm 4:17 e pressente a sua morte, 2 Tm 4:18.
12.    Segundo testemunhos, foi decapitado em Roma, por Nero, nas grandes perseguições, em 67 ou 68 D.C., com média de 66 anos.

O SEU RESUMO: 2 Co 11:23-29 – mais trabalho que todos, muito mais em prisões; em açoites, sem medida (5 VEZES RECEBEU DOS JUDEUS UMA QUARENTENA DE AÇOITES MENOS UM – Dt 25:3= 40 – um a menos, para não exceder-se acidentalmente); em perigos de morte, muitas vezes. 3 vezes fustigado com varas; uma vez, apedrejado e dado por morto; 3 vezes em naufrágio, passou uma noite e um dia na voragem do mar; em jornadas, muitas vezes; em perigos de rios, em  perigos de salteadores, em perigo entre patrícios (os da mesma nação), em perigo entre gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos ( A FALSIDADE ENTRE IRMÃOS O EXPUNHA A PERIGOS.
PELA SUA CONSAGRAÇÃO: Trabalhos e fadigas, vigílias, fome e sede, jejuns, frio e nudez.
PELO SEU AMOR: “Além das coisas exteriores, há o que pesa sobre mim diariamente, a preocupação com todas as igrejas. Quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu não me inflame? “

ISTO TUDO É NECESSÁRIO?
At 13:52 – Antioquia: “os discípulos, porém, transbordavam de alegria e do Espírito Santo”.
At 14:7 – eles, porém, continuaram pregando o Evangelho.
At 14:19,20 – Após apedrejado em Antioquia e dado por morto, “levantou-se e entrou na cidade. No dia seguinte, partiu com Barnabé para Derbe”.
At 16:25 – Filipos: “Paulo e Silas oravam e cantavam louvores a Deus.
At 17 – perseguido em Tessalônica, foge, mas deixa lá Silas e Timóteo  (por onde passava, ia deixando discípulos, pregadores da Palavra). Em Atenas, muitos se convertem.
At 18:5 – perseguido, Paulo resolve continuar e SE ENTREGOU TOTALMENTE À PALAVRA, TESTEMUNHANDO A TODOS QUE JESUS É O CRISTO.
Onde ele passava, muitos se convertiam, Igrejas eram abertas e Deus operava muitas maravilhas. Perseguido, ultrajado, difamado, controvertido, mas ATÉ OS SEUS LENÇOS CURAVAM OS ENFERMOS.
At 19:11 ,12: “E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários, a ponto de levarem aos enfermos lenços e aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as enfermidades fugiam de suas vítimas, e os espíritos malignos se retiravam.”
SUAS DECLARAÇÕES:
-    “SOU PRISIONEIRO DE JESUS CRISTO: , Ef 3:1; 2 Tm 1:8; Fm 1.
-    “MAS O SENHOR SEMPRE ME ASSISTIU”, 2 Tm 4:17.
-    “O ESPÍRITO SANTO ME ASSEGURA QUE, DE CIDADE EM CIDADE, ME ESPERAM CADEIAS E TRIBULAÇÕES; MAS EM NADA TENHO A MINHA VIDA POR PRECIOSA, CONTANTO QUE COMPLETE A MINHA CARREIRA E O MINISTÉRIO QUE RECEBI DO SENHOR JESUS, PARA DAR TESTEMUNHO DO EVANGELHO DA GRAÇA DE DEUS.
-    Gl 2:20: “já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim”.
-    Gl 6:14 : “Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo: .
-    Gl 6:17: “Quanto ao mais, ninguém me moleste; porque eu trago no corpo as marcas do Senhor Jesus”.
-    1 Co 9:22,23 – “Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns. Tudo faço por causa do Evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele.
-    “1 Co 9:27: “Subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser reprovado”.
-    1 Tm 4:6-8: “Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado. Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, o reto juiz, me dará naquele Dia; E NÃO SOMENTE A MIM, MAS TAMBÉM A TODOS QUANTOS AMAM A SUA VIDA”.

Fiquem com Deus

domingo, 10 de julho de 2011

A Alegria




Tantas são as alegrias que Deus nos proporciona quando Lhe somos obedientes que, ao vir as tristezas, ficamos abatidos, mas não destruídos. Disse o apóstolo Paulo: "Tudo posso naquele que me fortalece." Filip. 4:13

Tantas são as alegrias que Deus nos proporciona quando lemos o Seu livro Sagrado, que não conseguimos pensar em outras coisas a não ser louvar e glorificar o Senhor nosso Deus.

Estar alegre na presença de Deus, implica em dar a Ele graças ! É tanta coisa, tantos motivos para nos alegrarmos.
Um cristão verdadeiro não consegue ser  triste, frio...é impossível! Pode passar por momentos de tristeza, mas logo Deus o levanta, o alegra, lhe fala ao coração e então tudo muda!

A alegria renova forças, mantém a saúde em dia, até rejuvenece!
A alegria traz satisfação em viver dias melhores, dias de paz. E, sem dúvidas, é uma escolha que começa de nós mesmos. E a escolha certa está em buscar esta alegria em Deus.

A alegria de um cristão provêm do Espírito Santo, é um fruto do Espírito. Ou seja, não se trata apenas de uma virtude ou emoção que possamos produzir, mas de uma manifestação do Espírito Santo de Deus em nós.

A alegria do Espírito é aquela que não precisa de um ambiente festivo para se manifestar, muito menos de nenhum tipo de artifício (bebidas, drogas, pornografia, etc). É uma alegria com a pureza e sinceridade como a de uma criança.

Romanos 14
 Pois o reino de Deus não é comida, nem bebida,
mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo.
Assim compreendemos que esta felicidade só se encontra em Deus. Na medida que nos tornanos semelhantes a Ele, somos felizes e participamos de sua serenidade e a paz penetra o nosso coração.
A Alegria vinda de Deus é um bom remédio para nossas inquietações, ansiedades, preocupações !

Provérbios 17
 O coração alegre é bom remédio


É uma alegria incomparável, pois provém de Deus, a maior fonte de alegria do Universo, e para termos acesso e vivermos a plenitude dessa alegria, basta permitirmos que o Espírito Santo dê o Seu fruto na nossa vida.

Neemias 8
 Não vos entristeçais, pois
a alegria do Senhor é a vossa força. 


Esta alegria nós dá força pra seguirmos em frente, mesmo diante dos obstáculos e adversidades, mas mediante ela, prosseguimos com Cristo nos guiando , ajudando, orientando e renovando nossas forças!

Vivendo aquilo que Cristo nos ensina em sua palavra, descobrimos esta alegria, aqueles que experimentam praticar e viver seus ensinos, descobrem que eles funcionam, que dão certo. E, quando isso acontece, sempre nos alegramos no Senhor, é maravilhoso e muito gratificante!

Ao viver e praticar aquilo que Cristo nos ensina mediante sua Palavra, buscando agradá-lo com nossa vida, obedecendo à voz do seu Espírito Santo, mantendo-se firme nesse propósito e perseverando, insistindo, Deus atende o desejo do nosso coração, pois Ele vê que estamos mantendo um compromisso de fidelidade dentro do próposito dEle para conosco.

Se assim vivermos, haverá alegria no coração de Deus quando ele olhar para nós. E a alegria do Senhor será a nossa força !

Fiquem com Deus

"A busca de Deus é a busca da alegria. O encontro com Deus é a própria alegria."
( Santo Agostinho )

Posicionar e Confiar em Deus




Tomar uma posição na vida é buscar aquilo que dá sentido a ela. Posiciona o teu caminho n’Aquele que pode endireitar teus maus caminhos; posiciona o teu querer n’Aquele que quer o melhor para a tua vida; posiciona o teu sonho ou projeto em direção Aquele que pode realizá-lo; posiciona a tua fé n’Aquele que te ama mais do que imaginas; posiciona-te perante Aquele que te fez, para receberes as bênçãos prometidas. Posiciona-te aos pés de Jesus Cristo e espera n’Ele que, tudo o mais, Ele fará.

‎"Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele e ele tudo fará. " Salmos 37:5

Fiquem com Deus 

sábado, 9 de julho de 2011

Vamos Prosseguir



"Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca "

Este é um texto muito conhecido de todos os cristãos, no qual Isaías descreve o sofrimento de Jesus.
Um sofrimento inigualável, inimaginável, incomparável.

O sofrimento acompanha sempre uma inteligência elevada e um coração profundo. Os homens verdadeiramente grandes devem, parece-me, experimentar uma grande tristeza.
Fiodor Dostoievski

Ao ler e analisar o pensamento acima exposto por Dostoiévski, vejo que ele tem razão, pois ao longo da história vemos que grandes homens passaram por momentos em que realmente experimentaram tristezas, sofrimentos, dores e humilhações, mas ninguém sofreu mais humilhações que Jesus. Sendo Ele o filho de Deus, o Criador de todas as coisas, conforme está escrito em João 1:6 " Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez."; se fez homem, foi maltratado, perseguido, traído, humilhado, abandonado pelos discípulos, açoitado, esbofeteado, cuspido,  desprezado, condenado injustamente e crucificado

em Isaías 53 diz

Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum. 

Note que neste verso diz duas vezes a palavra desprezado, o texto dá enfãse nisto, afirmando que Jesus sofreu a dor do desprezo.


No entanto, prosseguiu até o fim, por amor de mim, por amor a você, sempre obedecendo ao Pai.
Ele mesmo diz no evangelho de  João :

Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. 

Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.




Nisto também o pensamento de Dostoiévski está correto , ao fazer referência ao coração profundo, pois ninguém mais que Jesus representa o AMOR, pois ele DEU a SUA VIDA por amor a mim, a você, sem que nos o houvessemos amado, ele DEU, ninguém a tirou, pois ninguém teria poder para tirá-la se ele não tivesse se entregado, conforme também está escrito no versos 17 e 18 do capítulo 10 de João :

Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la.

Bem, todos passamos por situações de sofrimento, no entanto, devemos seguir o exemplo deixado por Jesus, o qual, mesmo humilhado, seguiu até o fim, carregando a pesada cruz, pois Ele sabia que tinha uma missão a cumprir, e que após todo aquele sofrimento, Deus o exaltaria Soberanamente, ressuscitando-o dos mortos, dando-lhe um nome que é sobre todos os nomes, o qual, um dia , todo joelho se dobrará!

 Filipenses 2


Embora há momentos passamos por tristezas e sofrimentos, no entanto, Deus tem sempre algo a nós ensinar em meio a tudo isso, e por mais escura que seja a noite, haverá um amanhecer, Deus providenciará o alívio, o escape, a cura, a providência, ainda que aos homens parece impossível, pois pra Ele nada é impossível!

E se aquilo que esperamos ainda não aconteceu, Ele nos fortalece, ajuda, renova nossas forças pra continuar a caminhada.

Paulo, apóstolo e grande servo de Deus também sofreu muitas tristezas, humilhações, perseguições, também foi açoitado, ele mesmo descreve seus sofrimentos por amor do Evangelho de Cristo em II Corintios 12 :



Ele prossegue em II Timóteo no Capítulo 4 ele diz:

Ninguém me assistiu na minha primeira defesa, antes todos me desampararam. Que isto lhes não seja imputado.

Como se vê neste verso, Paulo também sentiu a dor do abandono, assim como como Senhor.
Contudo, Deus jamais o abandonou pois na continuação do capítulo ele diz:

Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me

Deus não abandona seus servos, em Salmos está escrito :

Os olhos do SENHOR estão sobre os justos, e os seus ouvidos atentos ao seu clamor.

Em Isaias está escrito :

Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é Santo: Num alto e santo lugar habito; como também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração dos contritos. 



O Senhor vê e está com aqueles que são desprezados, que estão abatidos, e assim como Deus assistiu, fortaleceu e ajudou a Paulo, Ele também ajudará a todo aquele que o invocar com um coração sincero e contrito.


A Palavra nos diz que quando estivermos aflitos devemos orar, conforme está escrito em Tiago:

Está alguém entre vós aflito? Ore.

"A oração em si mesma é uma arte que somente o Espírito Santo pode nos ensinar. Ele é o doador de todas as orações. Rogue pela oração - ore até que consiga orar, ore para ser ajudado a orar e não abandone a oração porque não consegue orar, pois nos momentos em que você acha que não pode, é que realmente está fazendo as melhores orações. Às vezes quando você não sente nenhum tipo de conforto em tuas súplicas e teu coração está quebrantado e abatido, é que realmente está lutando e prevalecendo com o Altíssimo."
Charles H. Spurgeon 


Paulo também escreve sobre os resultados da oração em Filipenses :

Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças.


Assim  como Paulo também seguiu o exemplo do Senhor, e prossseguiu até o fim, cumprindo sua missão e também deixando  claro que vale a pena ser fiel, vale a pena continuar, vale a pena confiar e ser amigo de Deus, também não devemos ficar desesperados quando passarmos por momentos de sofrimento e dor, pois Deus estará conosco, nos guiando, ajudando, consolando e fortalecendo!

"Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração;"
Paulo em Romanos 12:12

Fiquem com Deus

"Enquanto estiver vivo, sinta-se vivo.
Se sentir saudades de fazer o bem, volte a fazê-lo.
Não viva de fotografias amareladas...
Continue, quando todos esperam que desistas.
Não deixe que enferruje o ferro que existe em você.
Faça com que em vez de pena, tenham respeito por você.
Quando não conseguir correr através dos anos, trote.
Quando não conseguir trotar, caminhe.
Quando não conseguir caminhar, use uma bengala.

Mas nunca se detenha."
Madre Teresa de Cálcuta

A Fé


Estranho sentimento
este que nos toma
em momentos difíceis…

Alimento sem o tempero da razão.
Prato para nutrir a vontade de viver,
embora o sal da dificuldade.

Fé é tudo que se tem
quando a vida desidrata
e quase nada resta.
É olhar através da fresta
para vislumbrar o que se almeja
e acreditar, acreditar…
Acreditar.

Parente da esperança,
íntima do desejo,
inimiga do talvez,
sabe-se por onde começa
e, é preciso dizer,
não há quem meça o seu poder.
Pois a fé na Palavra de Deus alimenta a fé!…

Retumbante ou silenciosa,
a fé revela a fragilidade,
a natureza do homem.
Remove montanhas de conhecimento
para colocá-lo, pequenininho,
perante uma necessidade,
diante de incapacidades da ciência…
Diante do não.

Arma poderosa, a fé é uma rosa
cujos espinhos não se percebe
tamanha é a sua beleza…

Para sobreviver
neste mar de incoerências
que é o mundo,
é preciso ter fé...

Crer...
em Deus, na sua Palavra.

Crer...
para conseguir respirar
esse ar poluído de mistérios…

Qual é a definição de fé? A Palavra de Deus diz em Hebreus 11:1 “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem.”
Jesus é a origem da fé. A Palavra diz em Lucas 17:5 “Disseram então os apóstolos ao Senhor: Aumenta-nos a fé.” A Palavra diz em Romanos 10:17 “Logo a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.”
A verdadeira fé é crer no que Cristo fez e faz por nós. A Palavra diz em Romanos 5:1 “Justificados, pois, pela fé, tenhamos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo.”
Fé é confiar em Deus para tudo. A Palavra diz em Hebreus 10:38 “Mas o  justo viverá da fé; e se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele.”
Uma fé fraca pode-se tornar numa fé forte com a ajuda de Deus. A Bíblia diz em Marcos 9:24 “E logo o pai do menino, clamando, com lágrimas, disse: Eu creio, Senhor! ajuda a minha incredulidade.”|
Quando buscamos a Deus com sinceridade, somos agraciados pelá fé NEle depositada Hebreus 11:6" Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e que é galardoador dos que o buscam."
Há quem diga que a fé é a luz no fim do túnel, eu porém penso que a fé vai mais longe, é quando não há luz alguma no fim do túnel, esperança alguma, então surge a fé, mediante ouvir a Palavra de Deus, conforme a Palavra diz em Isaías 50:10 "Quando andar em trevas, e não tiver luz nenhuma, confie no nome do SENHOR, e firme-se sobre o seu Deus.".
Deixo a seguir o texto Bíblico a respeito da fé, sua natureza é  o que melhor exemplifica o que é viver com com uma fé viva e eficaz em Deus.

Fiquem com DEUS





Hebreus 11


Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem.
Porque por ela os antigos alcançaram testemunho.
Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente.
Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e por ela, depois de morto, ainda fala.
Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte, e não foi achado, porque Deus o trasladara; visto como antes da sua trasladação alcançou testemunho de que agradara a Deus.
Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.
Pela fé Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, temeu e, para salvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé.
Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia.
Pela fé habitou na terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa.
Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus.
Pela fé também a mesma Sara recebeu a virtude de conceber, e deu à luz já fora da idade; porquanto teve por fiel aquele que lho tinha prometido.
Por isso também de um, e esse já amortecido, descenderam tantos, em multidão, como as estrelas do céu, e como a areia inumerável que está na praia do mar.
Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as de longe, e crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra.
Porque, os que isto dizem, claramente mostram que buscam uma pátria.
E se, na verdade, se lembrassem daquela de onde haviam saído, teriam oportunidade de tornar.
Mas agora desejam uma melhor, isto é, a celestial. Por isso também Deus não se envergonha deles, de se chamar seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade.
Pela fé ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado; sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o seu unigênito.
Sendo-lhe dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, considerou que Deus era poderoso para até dentre os mortos o ressuscitar;
E daí também em figura ele o recobrou.
Pela fé Isaque abençoou Jacó e Esaú, no tocante às coisas futuras.
Pela fé Jacó, próximo da morte, abençoou cada um dos filhos de José, e adorou encostado à ponta do seu bordão.
Pela fé José, próximo da morte, fez menção da saída dos filhos de Israel, e deu ordem acerca de seus ossos.
Pela fé Moisés, já nascido, foi escondido três meses por seus pais, porque viram que era um menino formoso; e não temeram o mandamento do rei.
Pela fé Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó,
Escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus, do que por um pouco de tempo ter o gozo do pecado;
Tendo por maiores riquezas o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa.
Pela fé deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível.
Pela fé celebrou a páscoa e a aspersão do sangue, para que o destruidor dos primogênitos lhes não tocasse.
Pela fé passaram o Mar Vermelho, como por terra seca; o que intentando os egípcios, se afogaram.
Pela fé caíram os muros de Jericó, sendo rodeados durante sete dias.
Pela fé Raabe, a meretriz, não pereceu com os incrédulos, acolhendo em paz os espias.
E que mais direi? Faltar-me-ia o tempo contando de Gideão, e de Baraque, e de Sansão, e de Jefté, e de Davi, e de Samuel e dos profetas,
Os quais pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões,

Apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fuga os exércitos dos estranhos.
As mulheres receberam pela ressurreição os seus mortos; uns foram torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição;
E outros experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões.
Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos ao fio da espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados
(Dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra.
E todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa,
Provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles sem nós não fossem aperfeiçoados.

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